Não tem sentido: em plena calamidade financeira em Goiás (que pode não ser tão grave quanto Caiado diz, mas é real), Lissauer Vieira assina contrato para a construção da nova sede da Assembleia
O primeiro ato concreto do novo presidente da Assembleia, Lissauer Vieira, fora a nomeação de diretores e funcionários, foi a assinatura de um contrato de cerca de R$ 110 milhões para a construção da nova sede da Assembleia – obra que foi iniciada e está paralisada no Parque Lozandes, em Goiânia, próximo ao Paço Municipal.
O projeto é antigo e já consumiu alguns milhões de reais, dizem que mais de R$ 20, para a implantação dos alicerces e do esqueleto dos quatro andares, mas falta muito, daí os R$ 110 milhões. Zé Vitti, o antecessor de Lissauer Vieira, fez a licitação, mas ficou por aí, não ousando ir adiante diante da reconhecida era de vacas magras que baixou sobre o caixa do Estado, mesmo antes da posse de Ronaldo Caiado, que oficializou a calamidade financeira através de um polêmico decreto assinado em meados de janeiro.
A prioridade para a nova sede da Assembleia é zero e tem a ver muito mais com a vaidade dos deputados e menos com as reais necessidades do Poder Legislativo. O atual edifício onde a Assembleia Poder – uma gigantesca invasão no Bosque dos Buritis, abriga com tranquilidade as instalações administrativas da Casa, com os seus 350 funcionários efetivos, os gabinetes dos 41 deputados e seus milhares de comissionados – mesmo porque uma certa parcela, não se sabe quantos, não dá expediente regular no local e presta seus serviços nas bases dos parlamentares, conforme autoriza um discutível ato normativo baixado no passado.
É mais um palácio a desperdiçar o precioso dinheiro dos goianos, além dos que já existem.