Das 40 coordenadorias regionais de Educação, apenas uma, até agora, a de Catalão, foi preenchida pelo governo Caiado, que vive um dilema: atender a indicações políticas ou fazer nomeações técnicas?
Os mais importantes cargos da estrutura da Secretaria estadual de Educação – as 40 coordenadorias regionais de ensino – estão sem preenchimento, com exceção de apenas uma, a de Catalão. Com quase um mês do ano letivo em andamento, a vacância cria problema para a gestão local das 1.150 escolas mantidas pela Seduce e incomoda principalmente os prefeitos, a quem os diretores dos colégios estão recorrendo para resolver problemas inerente ao funcionamento das suas unidades.
O governador Ronaldo Caiado e a secretária Fátima Gavioli ainda não decidiram que critério seguir para nomear os novos coordenadores regionais: se aceitarão as indicações da classe política ou se basearão em critérios técnicos. Na dúvida, abriu-se um vácuo administrativo na Secretaria estadual de Educação que atrapalha as atividades de ensino. Somente a coordenadoria regional de Goiânia, por exemplo, tem sob sua jurisdição mais escolas e mais alunos que todo o Estado de Rondônia, de onde veio a atual titular da Seduce.
Nos governos passados, foi adotada uma solução conciliatória: aceitavam-se indicações políticas, mas os nomes passavam por uma avaliação pela Fundação Dom Cabral e só eram confirmados no cargo se fossem aprovados. Isso foi feito para não desagradar deputados, prefeitos e lideranças, mas, ao mesmo tempo, garantir um mínimo de qualificação profissional para as coordenadorias regionais.