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José Luiz Bittencourt sobre política, cultura e economia

14 maio

Recursos da privatização da Celg foram pulverizados em micro-obras sem importância para Goiás, tal como aconteceu com a venda da Usina de Cachoeira Dourada

Há 8 anos atrás, na volta ao Palácio das Esmeraldas, os tucanos de Goiás comemoraram o resultado da CPI da Celg, quando a FIPE-USP creditou a quebradeira da empresa à venda da Usina de Cachoeira Dourada.

 

O staff do então governador Marconi Perillo foi além e, com dados nas mãos, mostrou como se diluiu um patrimônio daquela envergadura: atendendo demandas picadas, sem nexo entre si, eleitoreiras. Sem prestar a menor importância para um projeto de alavancar a economia goiana.

 

A situação se repetiu agora. Mas com os atores em outras posições.

 

Cabe aos tucanos justificar o que condenaram outrora.

 

Os recursos da privatização da Celg foram dizimados em um sem fim de micro-obras Estado afora. Sem planejamento, perdendo a oportunidade de contribuir para um novo patamar de produtividade da economia goiana, mediante investimentos públicos capazes de produzir externalidades positivas, passíveis de absorção pelo setor produtivo goiano. Tal como aconteceu com Cachoeira Dourada.

 

Não passou de sonho de noite de verão a promessa de que 30% dos recursos provenientes da venda da Celg seriam investidos em Ciência, Tecnologia e Inovação. (Mauro Faiad, economista)