Articulação de Vilmar Rocha com Ronaldo Caiado tem objetivos bem definidos: uma chapa com Wilder Morais na vice e o próprio Vilmar e Lúcia Vânia como candidatos ao Senado
Ninguém se movimenta com mais desenvoltura e presença nos bastidores da política em Goiás que o deputado federal Vilmar Rocha.
Ele tem objetivos bem definidos: quer participar da próxima eleição como candidato ao Senado. Considera que tem credenciais para isso e de fato tem. Na eleição passada, chegou a 1 milhão 300 mil votos. Nas pesquisas, aparece na faixa dos 8% das intenções de votos, suficientes para que entre no jogo.
Na chapa governista, Vilmar não tem chances. Seu nome foi carimbado como maldito assim que Zé Eliton assumiu o governo e passou a demitir todos os seus indicados. Na prática, foi varrido do mapa palaciano.
Raposa velha, ele não se intimidou. Suas entrevistas, sob a capa da moderação extrema, despejam farpas ardentes sobre a candidatura a governador de Zé Eliton E agora deu o passo supremo, ao se reconciliar com o seu velho desafeto Ronaldo Caiado, com uma proposta incendiária: articular uma chapa formada por Caiado governador, Wilder vice, Vilmar e Lúcia Vânia (outra que vem acumulando ressentimentos em relação à base governista) para o Senado.
Atenção para esse arranjo. Não é fácil, passa pela questão do posicionamento final do PSD, mas, quanto aos demais itens, é perfeitamente factível. E ateia fogo à sucessão.