Candidatura Zé Eliton tem falha de articulação no interior, sem prefeitos de expressão e atuantes. Caiado leva vantagem com um eixo muito representativo e até Daniel, com Gustavo Mendanha, está melhor
Na articulação dos municípios para a próxima eleição, a candidatura do governador Zé Eliton está em desvantagem, contando com apenas um prefeito de expressão, porém sem experiência político-eleitoral – Roberto Naves, do PTB de Anápolis, que pode desandar caso o candidato ao Senado pelo partido, Demóstenes Torres, termine fora da chapa governista.
Marconi Perillo nunca abriu mão, nas suas campanhas, de uma série de polos de magnetização eleitoral no interior. Zé Gomes, de Itumbiara, sempre foi um dos principais. Levado por uma tragédia, deixou Zé Eliton na mão com o seu sucessor, outro Zé, o Antônio, sem traquejo e politicamente inexperiente.
Ronaldo Caiado, estrategicamente falando, está em nítida vantagem. Vejam bem, não estou falando em apoio de maior número de prefeitos, mas em qualidades como liderança e capacidade movimentação, capaz de atrair votos e montar agendas positivas de campanha, além de se situar em cidades geograficamente difusoras. Caiado conta com um eixo formado por Adib Elias, de Catalão; Ernesto Roller, de Formosa; Renato de Castro, de Goianésia; Paulo do Vale, de Rio Verde; e até mesmo Fausto Mariano, de uma pequena cidade, Turvânia, porém extremamente ativo. São eles que estão carregando o MDB do interior para o colo do senador.
Daniel Vilela só tem um prefeito de peso, Gustavo Mendanha, com liderança no segundo maior colégio eleitoral do Estado, Aparecida. Além de tudo, fiel até debaixo d’água aos Vilela, a quem deve a eleição.
Uma campanha deve ser montada tijolo por tijolo, como se constrói um edifício. Prefeitos são o elo mais fraco do sistema político, mas os melhores e dos municípios mais importantes têm mais músculos e servem mais, até como pilares de uma candidatura a governador.