Governo de Zé Eliton é bom, mas é continuísmo, não continuidade. Na verdade, é o governo de Marconi sob a gerência de Zé Eliton. E Goiás não precisa de um gerente, mas sim de um estadista
Zé Eliton quer fazer bom governo. E o fará, por certo. Mas o governo continua o mesmo. Não é o governo de Zé Eliton: é o governo de Marconi sob gerência de Zé Eliton. É o continuísmo, não a continuidade. Ainda que haja boas expectativas a respeito deste governo – que, aliás, é um bom governo, faça-se justiça -, isto não elide o fato de que a sociedade goiana está na oposição, como aliás observou o ex-desembargador Liberato Póvoa, militante das hostes caiadistas.
A estratégia de Zé Eliton e seu estado-maior é vender à opinião pública a imagem do gestor eficiente, do administrador probo e experimentado, o timoneiro capaz de conduzir a barca do Estado a porto seguro, malgrado a tempestade que se abate sobre ela. Ele passou 8 anos atuando como secretário de estado, presidente de empresa estatal, chefe de missões estrangeiras. O que vier ele traça. Já Daniel Vilela nunca administrou coisa nenhuma. Ronaldo Caiado gerencia apenas seus próprios negócios particulares de criar e vender boi. Um pelos outros, Zé Eliton é mais administrador.
Ocorre que esse figurino parece ter saído de moda. Não é bem de um gerente que Goiás precisa, mas de um estadista que tome decisões políticas certas, que presida a execução de um determinado plano de governo, que arbitre com sabedoria as questões internas, e que saiba dialogar com a sociedade. Zé Eliton precisa redirecionar o seu governo. Ou então… (Helvécio Cardoso, jornalista)