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José Luiz Bittencourt sobre política, cultura e economia

30 maio

Vai fazer falta: comunicação de Marconi, “para o bem e para o mal”, decisiva para os seus governos, foi desmontada por Zé Eliton e substituída por um grupo sem experiência no setor público

O governador Marconi Perillo, em seus últimos mandatos, teve como característica um setor de comunicação ágil e inteligente, que deu sustentação para a sua administração mesmo em momentos difíceis como a Operação Monte Carlo – quando o tucano quase beijou a lona – e foi fundamental nas eleições de 2010 e 2014.

 

Seu sucessor, Zé Eliton, adotou como uma das primeiras providências o desmonte desse sistema estratégico, substituindo as equipes vitoriosas por profissionais sem experiência no setor público e na articulação com a política. Um exemplo é o novo chefão da área de divulgação, Jarbas Rodrigues(foto), ex-titular da coluna Giro, em O Popular, que nunca atuou em governos e nunca escondeu ojeriza a quem atuava.

 

O comentarista Vassil Oliveira, crítico acerbo do ex-governador, costuma definir o que era feito nas gestões dele como “comunicação para o bem e para o mal”. Ou seja: funcionava para promover e sustentar a gestão, mas também servia para implacavelmente demolir os inimigos.

 

A eleição é daqui a 120 dias, pouco mais, e Zé Eliton está na rabeira das pesquisas. A poderosa comunicação estratégica que foi um trunfo para Marconi vai fazer falta.