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José Luiz Bittencourt sobre política, cultura e economia

05 jul

Base governista vai tentar afastar Demóstenes da disputa pelo Senado propondo garantia de eleição para a Câmara Federal, com os colégios eleitorais de Thiago Peixoto, que seria o vice de Zé Eliton

A base governista, em desespero com a disputa entre Lúcia Vânia e Demóstenes Torres, que está empurrando a senadora para a chapa de Ronaldo Caiado, está articulando uma tentativa de solução para o imbróglio – que tem um potencial devastador para Zé Eliton.

 

A ideia é convencer Demóstenes a recuar para uma candidatura à Câmara Federal. Zé Eliton e Marconi Perillo dariam a garantia de que ele seria eleito, com base na transferência dos votos do deputado federal Thiago Peixoto, que seria indicado para a vice-governadoria.

 

Com isso, o caminho ficaria aberto para a consolidação de Lúcia Vânia como candidata ao Senado na 2º vaga da chapa governistsa. Isso aconteceu em 2002, quando esse mesmo negócio foi fechado com Henrique Meirelles, que aceitou afastar-se e disputar a Câmara Federal, herdando, entre outros, os colégios de Juquinha das Neves – que seria indicado para o Tribunal de Contas do Estado, mas… depois não foi.

 

A diferença, hoje, é uma só: Demóstenes não é bobo nem ingênuo em matéria de política, como Meirelles sempre foi e é. Eleição para deputado federal custa uma fortuna, que o ex-ministro tinha e o ex-senador não tem. E garantia de que alguém vai ser eleito deputado federal é o mesmo que vender lotes na lua. Transferência de colégios eleitorais só se dá se houver muito dinheiro envolvido.

 

Esse “negócio” é natimorto.