Informações, análises e comentários do jornalista
José Luiz Bittencourt sobre política, cultura e economia

28 jul

Zé Eliton muda o governo para 1) abrir espaços para oferecer ao PP e tentar segurar o partido e 2) entregar a campanha ao marconismo para depois não ser acusado de ter afundado o barco sozinho

O governador Zé Eliton finalmente saiu do seu estado de inércia profunda e de alguma forma começou a reagir aos fatos negativos que cercam a sua candidatura.

 

Depois de quase 100 dias como titular do cargo de governador, ele permanece estagnado nas pesquisas, com 10% de intenções de votos, empatado em 2º lugar com Daniel Vilela, também com 10%. A forte exposição como chefe do Poder Executivo não resultou em único mísero ponto nas pesquisas.

 

Nesta sexta, o governo anunciou a saída de alguns membros da equipe, todos ligados ao ex-governador Marconi Perillo, que passarão a trabalhar como coordenadores da campanha tucana. Entre eles, o ícone maior do marconismo, Jayme Rincon, que se licenciará da Agetop para tentar diminuir a rejeição ao candidato governista entre o eleitorado de Goiânia.

 

Jalles Fontoura, presidente da Saneago, também deixará o governo, para se ocupar da coordenação política da campanha e abrir espaço para que o seu cargo seja entregue ao PP – partido hoje cobiçado desesperadamente por Zé Eliton. É óbvio.

 

Esse é um dos objetivos dessa mexida no governo. O outro é uma espécie de vacina: Zé Eliton está entregando a campanha ao marconismo para depois não ser acusado de ter afundado o barco sozinho.