Pela 1ª vez falando como candidato, Zé Eliton diz que a tendência é a polarização entre ele e Caiado. Isso estaria nas pesquisas. Mas não acredite, leitor: não há pesquisa nenhuma mostrando isso
O governador Zé Eliton finalmente se assumiu como candidato, falando a emissoras de rádio e sites de internet com a pose de quem já ganhou a eleição.
Mas não entre nessa onda, leitor: ao contrário, a realidade para o candidato tucano é dura. Em pouco mais de 20 dias, na reta final para a oficialização do seu nome na convenção do PSDB, ele perdeu o apoio de cinco partidos de peso da antiga base aliada governista: PP, PDT, PRB, PROS e PHS. Uma defecção e tanto, que reduziu o antigo Tempo Novo à metade do seu tamanho histórico.
Nas entrevistas desta segunda, 6, Zé Eliton informou enxergar nas pesquisas uma tendência de polarização entre ele e Ronaldo Caiado. Só que nenhuma pesquisa, até hoje, mostrou qualquer sinal dessa “polarização”. Pelo menos, as sérias, como as do Grupom, Serpes e Diagnóstico. Todas foram unânimes em apontar Caiado em uma folgada liderança, em média 30 pontos à frente de Zé Eliton, que está empatadíssimo em 2º lugar com Daniel Vilela. Afirmar o contrário é viver no reino da fantasia.
Se houver alguma tendência, e há, é a de vitória do candidato democrata. Nem Zé Eliton nem Daniel Vilela, conforme os levantamentos publicados até agora pelo Grupom, Serpes e Diagnóstico, conseguiram ainda se apresentar como alternativas para polarizar o debate eleitoral com Caiado, afora o simples e óbvio fato de que são também candidatos. Essa é a verdade.