Comunicação de Zé Eliton está presa no passado, não definiu até hoje um foco de campanha e ataca Caiado obsessivamente – mas um Caiado que não existe e foi substituído por outro, novo e moderno
Uma olhada pelos jornais e blogs, mesmo rápida, é suficiente para que se apure a essência – ou falta de – da comunicação da campanha do governador Zé Eliton.
A favor do candidato tucano, só se conseguem apresentar dois argumentos: um, é uma pessoa bem intencionada e, dois, é quem dará continuidade ao legado de Marconi Perillo. São teses vazias. Ser bem intencionado todos somos, leitor amigo, e isso não justifica que do nada nos seja entregue algo tão importante como o governo de Goiás. E quanto ao legado, é coisa do passado. O que Marconi fez, de bom ou ruim, ficou para trás. Eleições não são para cuidar de legado algum, mas, sim, para tratar do rumo que daremos ao futuro da sociedade.
Na parte ofensiva, os comunicadores palacianos têm obsessão por Ronaldo Caiado, o que, acredito, é um erro grave, já que está aí o jovem Daniel Vilela penetrando por todas as frestas e, a depender das próximas pesquisas, confirmando seu potencial de votos. O emedebista é perigo maior para Zé Eliton que Caiado. É ele quem pode desclassificar o governador de um eventual 2º turno, mesmo porque mostrou, até hoje, mesmo não contando com uma fração da máquina governista à disposição do candidato tucano, que é capaz de manter com ele um empate técnico em 2º lugar. O real adversário de Zé Eliton é Daniel Vilela e não Caiado.
Para piorar o que já não é bom: o Caiado a que se referem os ataques comandados pelos estrategistas de Zé Eliton é alguém que deixou de existir há tempos. Falam que tem ódio, que é radical, que não constrói nada, que não faz a “política do bem” tão cara ao atual inquilino do Palácio das Esmeraldas. Estão errando – e infantilmente. Caiado já superou essas características negativas e a prova é o 1º lugar disparado nas pesquisas, que dão a ele a vitória no 1º turno com 60% em média dos votos válidos. É preciso muito cuidado para atacar políticos bem situados assim, porque o que vai, volta com rapidez, depois de ricochetear na carapaça proporcionada pela aprovação popular. Na verdade, sem imaginação, os marquetólogos de Zé Eliton estão repetindo velhas fórmulas, que funcionaram em eleições d’antanho, mas agora não passam de desrespeito à inteligência do eleitor, ao combater alguém que não existe mais. Este, o novo e moderno Caiado, vai passando ao largo.