Marconi adere à baixaria e ataca a família Caiado, revela completa ignorância sobre a história de Goiás e exercita tática eleitoral típica dos que marcham a passos largos para a derrota
É desespero: o ataque de Marconi Perillo à família de Ronaldo Caiado não apenas revela adesão à baixaria, como insulta a inteligência dos goianos. Imputar a Ronaldo Caiado a responsabilidade por supostos crimes cometidos por seus antepassados é torpe, é vil. Um homem de honra não lança mão de armas tão infames.
Não bastasse a deselegância dos termos, Marconi peca por absoluta ignorância da história política de Goiás. O período de mandonismo caiadista começa em 1909, não em 1891. O primeiro chefe oligárquico de Goiás, após a abolição da monarquia, foi José Leopoldo Bulhões. O período bulhonista mereceu um estudo acadêmico, hoje clássico, da historiadora Maria Augusta Santana, intitulado “Bulhões – A História de uma Oligarquia”.
O avô de Totó Caiado, José Caiado, era pau mandado de Bulhões. Mas Totó era feito de outro barro. Culto, estudado, ousado e autoritário. Durante a crise de 1909, que liquidou o governo dos xavieristas, Totó emergiu como o grande líder, encerrando de vez a hegemonia bullhonista. O mandonismo de Totó foi de 1909 a 1930, quando foi substituído pelo mandonismo de Pedro Ludovico.
Vico já nos ensinava que não se deve julgar o passado pelos critérios morais do presente. O mandonismo de Totó é coisa do passado. Ronaldo não é caiadista, assim como Mauro não foi ludoviquista. São outros tempos. De nada adianta Marconi tentar apavorar os viventes com as lendas da violência caiadista. Esse tipo de tática eleitoral é característica dos que marcham a passos largos para a derrota.
Marconi tem que justificar perante o povo goiano a sua aliança passada com Ronaldo. As lendas sobre o mandonismo caiadista são antigas. Será que só agora Marconi descobriu que Caiado é a encarnação de Satã? Ele não achava Caiado tão diabólico quando se aliou a ele contra Iris Rezende em 1998. Ninguém aguenta tanta incoerência.(Helvécio Cardoso, jornalista)