Erro monumental de Zé Eliton, ao atrasar a campanha e se dedicar ao cargo de governador, desde 7 de abril, quando assumiu, beneficiou Caiado ao manter o clima eleitoral frio e sem movimentação
Poucas vezes um candidato, em qualquer tempo, cometeu um erro de estratégia tão grave e monumental quanto Zé Eliton, quando assumiu o cargo de governador, em 7 de abril último, e preferiu se dedicar à rotina administrativa, abrindo mão de qualquer papel político, sequer se posicionando como candidato.
Esse equívoco está custando caro a Zé Eliton: ele não foi identificado como postulante ao governo pelo eleitorado e não evoluiu um único décimo de ponto nas pesquisas, não gerando perspectiva de poder e chegando agora, a 50 dias da data eleição, a um impasse desesperador: está muito abaixo do potencial histórico de votos da base governista, o que compromete irremediavelmente as suas chances de vitória. Zé Eliton tem apenas 10% de intenções de voto, segundo as pesquisas de maior credibilidade.
Como estava muito atrás de Ronaldo Caiado, quase 30 pontos ou 1.000.000 de votos, e empatado em 2º lugar com Daniel Vilela, o governador, quando assumiu, não deveria ter mantido a campanha em banho maria, o que somente beneficiaria – como beneficiou – seus adversários.
Quem poderia se acomodar seria Caiado, nunca Zé Eliton. É ele quem teria que correr atrás e aproveitar esse valioso tempo, mais de quatro meses, mas, ou mal orientado ou por atrapalhada decisão própria, recusou-se a se apresentar como candidato e aceitou manter o clima frio que interessava a quem liderava as pesquisas e se manteve em situação confortável com a ausência de adversário – como Caiado continua até hoje.
Se tivesse se lançado à campanha, Zé Eliton teria antecipado a chegada do ambiente eleitoral, atingindo o eleitorado, chamando a sua atenção, movimentando-se e impedindo que Caiado permanecesse em uma zona de conforto, liderando as pesquisas sem ameaça. Esse tempo perdido é irrecuperável e reduziu em muito as chances do candidato tucano.