Obsessão com segurança e com o passado afasta Zé Eliton do eleitor: confira Daniel Vilela na Iterativa sugerindo ao governador deixar a “bolha” do palácio e se aproximar mais da realidade dos goianos
Foi muito oportuna a fala do candidato do MDB a governador Daniel Vilela, no debate da rádio Interativa FM(vídeo acima, de 45 segundos, que ele postou no seu perfil no Instagram), quando disse que o governador Zé Eliton está vivendo preso ao passado, não tem propostas efetivas para Goiás e precisa urgentemente deixar a “bolha” do Palácio das Esmeraldas e se aproximar mais do cotidiano dos goianos.
Gostem ou não os tucanos, é a pura verdade. E verdades, quando são ditas, são absorvidas com mais facilidades, pois correspondem à realidade e portanto têm elevado poder de convencimento. E quem é que não sabe que Zé Eliton adora o papel de governador, porém é muito reticente e insosso ao vestir o figurino de candidato?
O discurso eleitoral do governador pode ser resumido na proposta de fazer o que já foi feito, ou seja, manter a Bolsa Universitária, o Vapt Vupt, a Renda Cidadã, o Cheque Moradia e por aí afora. E não é só ele: o ex-governador Marconi Perillo, postulante ao Senado e referência maior da campanha governista, também reza por esse rosário. O que eles esperam é que o eleitor prefira o nome de Zé Eliton em gratidão por tudo o que se fez nos últimos 20 anos, sem direito a pensar sobre o seu futuro.
E que o palácio é uma “bolha”, ninguém discute. Talvez tenha chegado a hora de um governador que, em vez de helicópteros, se desloque de carro mesmo, que viaje em aviões de carreira, que circule com menos segurança, aparecendo em uma pizzaria ou um restaurante qualquer de vez em quando e que se apresente sem o pavoneio do cargo. Este blog tem certeza, leitor, que você gostaria de alguém assim no Palácio das Esmeraldas a partir de 1º de janeiro próximo.