Lúcia Vânia não quis ser candidata de Caiado, o que daria a ela um quê de apoio à mudança, e preferiu seguir com Zé e Marconi e se contaminar com o continuísmo e com coisas piores. Vai perder

As últimas pesquisas, unanimemente, estão apontando implacavelmente para a derrota de Lúcia Vânia na disputa pelas duas vagas ao Senado. Neste domingo, por exemplo, em O Popular, o instituto Serpes coloca a senadora em 4Ä lugar, atrás de Marconi Perillo, Jorge Kajuru e Vanderlan Cardoso. Observação importante: o levantamento foi a campo entre 24 e 28 de setembro e, segundo o jornal, não captou os efeitos da Operação Cash Delivery da Polícia Federal.

Além do Serpes, Grupom, Diagnóstico, Ibope, Real Data e até o Directa, único instituto a brindar Zé Eliton com índices espetaculares de intenções de votos (26,7% na última pesquisa), também relacionam a senadora em 4º lugar,  ou, no máximo, empatada tecnicamente com eles, mas atrás.

Lúcia Vânia tinha lugar garantido na chapa de Ronaldo Caiado, se quisesse. Há tempos que ela já não se ajustava com o PSDB de Zé e Marconi, tanto que deixou o partido e se transferiu para o PSB. Com Caiado, ela se livraria do desgaste do continuísmo hoje rejeitado pelo eleitorado, do mais do mesmo que prejudica os seus colegas de chapa e teria a imagem refrescada pelo apoio que estaria dando à tese da mudança – encarnada no candidato democrata e fatalmente vencedora nesta eleição. E não teria os seus terninhos salpicados pela lama da corrupção.

Ela preferiu apostar que a força da máquina governista seria decisiva e abriu mão de se posicionar de acordo com o desejo da maioria dos goianos, os que querem Caiado e querem no 1º turno. Agora,Lúcia Vânia ainda deu azar com a deflagração da Operação Cash Delivery, que nem de muito longe a envolve pessoalmente, mas abala profundamente a credibilidade da chapa em que ela está escalada, ao lado de Marconi. Politicamente, ela é atingida também. O preço a ser pago será elevado: o fim da sua carreira política.