Pesquisa Grupom, que foi a campo antes do levantamento do Diagnóstico, mostra que, na verdade, Zé Eliton oscilou para baixo e não mostrou tendência de alta. Por isso, a virada é só “fake news”
Um detalhe chama a atenção na pesquisa Grupom publicada nesta quarta-feira no Diário da Manhã: o instituto foi a campo entre 11 e 14 últimos, portanto captando as intenções de voto dos eleitores antes da pesquisa do Diagnóstico, divulgada pelo Diário da Manhã um dia antes, nesta terça, que foi a campo entre 12 e 16 últimos. Preste bem atenção, leitor: o Diagnóstico publicou a sua pesquisa primeiro, mas fez o trabalho de campo em um período anterior ao do Grupom.
Como o Diagnóstico apurou 12,8% para Zé Eliton e o Grupom (lembrando: foi às ruas antes do Diagnóstico) 13,9%, isso significa que, mal comparando, o candidato tucano oscilou para baixo. Ou seja, primeiro foram apurados os 13,9% e depois os 12,8%. Esses números estão dentro da margem de erro e, assim, são iguais. Mas não mostram a necessária tendência de alta, capaz de justificar a “virada” que vem sendo cantada em prosa e verso pela campanha liderada pelo PSDB, que, assim, não passa de “fake news”.
Caso existisse um clima mínimo de virada, Zé Eliton obrigatoriamente cresceria entre a pesquisa do Grupom e a do Diagnóstico, mas ele decresceu, embora dentro da margem de erro. Repetindo: não conseguiu caracterizar que está em tendência de alta. Nas eleições de 1998 e 2006, em que, em Goiás, houve virada, neste momento da campanha as premissas para a reviravolta eleitoral já estavam estabelecidas e os candidatos que venceriam o pleito já subiam aceleradamente.
Não há nada parecido hoje, a não ser a ilusão dos tucanos de que estão “virando” a eleição.