Atraso de 6 meses e R$ 60 milhões no programa Bolsa Universitária, tão caro a Marconi e o mais citado na campanha de Zé Eliton, confirma que a situação financeira do Estado é de quebradeira

O programa Bolsa Universitária, um dos maiores trunfos dos governos de Marconi Perillo, citado incessantemente nos programas de televisão de Zé Eliton e do próprio Marconi, está sem pagar as universidades e faculdades há seis meses e acumula um débito em aberto de R$ 60 milhões. O número é do SEMESG, Sindicato das Empresas Mantenedoras do Ensino Superior em Goiás, que congrega 63 unidades de ensino universitário do Estado – todas em situação de dificuldades devido ao atraso.
Esse atraso só tem uma explicação, dada a importância que os tucanos atribuem ao Bolsa Universitária: o Estado quebrou e não tem mais condições para honrar quaisquer compromissos além do pagamento em dia da folha de pessoal e isso, mesmo assim, até a data da eleição.
Não é só a Bolsa Universitária. Parcelas descontadas dos empréstimos consignados dos servidores não estão sendo repassadas aos bancos. O Ipasgo impôs cotas para atendimento em laboratórios e hospitais. A dívida do Estado junto à União parou de ser recolhida. As compras para a merenda escolar na rede estadual de escolas deixaram de ser quitadas. Nem sequer os cartões dos beneficiários do Passe Livre Estudantil, de valor irrisório, estão sendo recarregados. Tudo o que pode – ou não pode – ser postergado, está sendo.
Pode anotar, leitor: qualquer que seja o próximo governador, a Bolsa Universitária já era. Não há recursos para pagar a imensa dívida acumulada pela irresponsabilidade fiscal de Marconi e Zé Eliton.