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José Luiz Bittencourt sobre política, cultura e economia

06 out

Rejeição estratosférica dos goianos a Marconi (mais de 50% recusam o seu nome) ajudou a eleger Caiado e está definindo a sua própria derrota ao Senado

O ex-governador e candidato ao Senado Marconi Perillo, depois de 20 anos de poder, chegou ao dia da eleição ostentando um monumental índice de rejeição superior a 50%, ou mais da metade dos goianos, conforme a última pesquisa do Grupom. Um número que nenhum político alcançou antes na história de Goiás.

 

Assim como a rejeição a Lula e ao PT está ajudando a eleger Jair Bolsonaro, o repúdio dos goianos a Marconi colaborou com a eleição de Ronaldo Caiado, que vence no 1º turno, e com a própria derrota do ex-governador, desenhada no levantamento do Grupom, em que ele apareceu em 4º lugar, atrás de Jorge Kajuru, Vanderlan Cardoso e Lúcia Vânia.

 

A culpa pela queda de Marconi não será só da Operação Cash Delivery, que ele acusa de eleitoreira: antes das ações da Polícia Federal da sexta-feira, 28 de setembro, ele já estava mal situado nas pesquisas, aparecendo em várias delas empatando com Kajuru e Vanderlan por diferenças mínimas – o que significa que o fator rejeição já vinha orientando o voto do eleitor goiano, cansando de Marconi e de tudo que ele passou a representar. É isso que está decidindo a eleição para o Senado.