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José Luiz Bittencourt sobre política, cultura e economia

07 out

Em último e inútil esforço de contestação das pesquisas, Zé Eliton diz que Ibope e Serpes apresentaram diferença de 100%. Não é verdade: dentro da margem de erro, as 2 estão alinhadas

A poucas horas do anúncio do resultado oficial das eleições, que deverá ocorrer no máximo entre 21 e 22 horas da noite deste domingo, o governador Zé Eliton foi votar(foto acima fazendo inacreditavelmente o V de vitória) e aproveitou os jornalistas presentes para um último e inútil esforço de contestação do resultado das pesquisas, desta vez tentando mostrar uma incompatibilidade entre os índices que recebeu nos levantamentos do Serpes e do Ibope divulgados na noite deste sábado.

 

O leitor já aprendeu que só briga com pesquisas quem está na rabeira. No caso do Zé, muito na rabeira. Ibope e Serpes trouxeram o seu nome em 3º lugar, atrás de Daniel Vilela, que subiu para o 2º lugar. Para vender o seu peixe estragado, o candidato tucano se baseou nos números que recebeu dos dois institutos para garantir que um deles está errado, já que a diferença seria de 100% (ele teve 7,6% no Serpes e quase o dobro, 14%, no Ibope, daí a conversa mole dos 100% de erro).

 

Mas não é bem assim, leitor. Zé, como em tudo o que fez nesta campanha, está mais uma vez equivocado. As duas pesquisas estão alinhadas, dentro da margem de erro, que é de 3,5 pontos para mais ou para menos no Serpes e 3 pontos acima ou abaixo no Ibope. Assim, se somarmos esses 3, 5 pontos de margem de erro do Serpes aos 7,6% que Zé alcançou, ele chega a 11,1%. E se diminuirmos os 3 pontos da margem de erro do Ibope dos 14% que o Zé teve, ele fecha com 11%.

 

Portanto, 11,1 no Serpes e 11% no Ibope, resultado que, conforme as regras de cada uma dessas duas pesquisas, são factíveis. Zé, de novo, está enganado. Ou apenas tentando enganar o eleitor.