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José Luiz Bittencourt sobre política, cultura e economia

08 out

Futuro de Marconi na política depende dos processos judiciais e do que fará, se for possível fazer alguma coisa, para reverter a imensa rejeição que adquiriu entre os goianos

A espada da democracia é o voto. E ela, neste domingo da eleição, cortou o pescoço do ex-governador e candidato ao Senado Marconi Perillo.

 

Não foi uma derrota qualquer. Marconi foi duramente passado  na lâmina pelos goianos – só faltou comemoração nas ruas. Não é que a maioria dos votos para o Senado foi conquistada por Vanderlan Cardoso e Jorge Kajuru. Grande parte desses votos foi para Vanderlan e principalmente para Kajuru como instrumento para tirar o ex-governador do jogo político. Contra Marconi, o voto foi para eles.

 

As últimas pesquisas antes da eleição mostraram que a rejeição ao tucano fundador do Tempo Novo, que já era grande, acima de 40%, havia explodido e ultrapassara os 50%. Ou seja: inacreditavelmente, metade dos eleitores de Goiás citaram o nome de Marconi ao responder à pergunta: “Em que você não vota de jeito nenhum para o Senado?”. É tóxico.

 

Continuar na política com uma rejeição desse tamanho é simplesmente impossível. É a primeira barreira que Marconi terá que superar, se quiser algum futuro. E pelo que ele mostrou na sua malsucedida campanha, ele não sabe o que fazer para diminuí-la. O outro obstáculos serão os processos judiciais, como o da Operação Cash Delivery. Aí pode complicar – e muito.