Informações, análises e comentários do jornalista
José Luiz Bittencourt sobre política, cultura e economia

18 out

Não só derrotados, mas massacrados nas urnas, tucanos de Goiás insistem em ignorar o recado dos goianos e fazem reunião com Zé Eliton para combinar atuação em defesa do “legado” dos últimos 20 anos

Através das urnas do 1º turno, os goianos disseram em voz alta que o mundo mudou e que não é mais tolerada a velha ordem política que mandou sem contestação pelos últimos 20 anos no Estado.

 

O recado foi claro: houve coisas boas, sim, mas ruins também e por uma e por outras o caminho daqui para a frente é 100% novo, sob o signo da mudança radical proposta pelo governador eleito Ronaldo Caiado. Os eleitores mostraram que estavam – e provavelmente continuam – interessados no futuro e não no passado que Zé Eliton, Raquel Teixeira, Marconi Perillo e Lúcia Vânia repisaram do começo ao fim da campanha.

 

Pois bem: depois de tudo isso, o que restou do PSDB – um deputado federal e seis estaduais – se reuniu para ouvir uma aula sobre como fazer oposição do governador em fim de mandato tampão Zé Eliton – um tipo de ação política que ele nunca desenvolveu e não deve nem imaginar como é(foto acima). Zé, na sua inocência, mostrando também que não aprendeu a lição das urnas, disse, segundo está em O Popular desta quinta-feira, que todos devem se empenhar a partir do início do ano que vem na defesa do legado do seu governo (sim, você não leu errado, leitor, ele referiu-se ao “seu governo”) e dos governos de Marconi.

 

Estavam na reunião também os deputados estaduais que perderam a eleição e que, portanto, logo estarão ou em casa ou cuidando das suas atividades particulares – se quiserem fazer oposição a Ronaldo Caiado ou defender algum “legado”, por certo não haverá quem queira ouví-los. Quanto aos seis eleitos, é muito pouco provável que se dediquem, no novo Estado que começa a partir de 1º janeiro, a gastar tempo falando de obras e programas do passado. Menos ainda de um governo que não existe, o do Zé.