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José Luiz Bittencourt sobre política, cultura e economia

09 dez

Falta de pressa de Caiado em definir quem comporá e o que será o seu governo vai de encontro a premência que os goianos mostraram ao eleger a sua proposta de mudança logo no 1º turno

Mais de dois meses após a eleição, Ronaldo Caiado ainda não deu nenhuma pista sobre o que será o seu governo, nem através da antecipação das medidas iniciais nem muito menos a propósito de nomes que irão compor o seu secretariado.

 

Não é normal. Caiado ganhou a eleição com uma campanha vaga em detalhes, mas robusta no conteúdo ao apresentar uma proposta geral de mudança que atendeu as expectativas do eleitorado. Uma vez eleito, qualquer governante mostra rapidez nas ações para preparar os primeiros passos da sua futura gestão, só que Caiado seguiu displicentemente em direção oposta. “Não há pressa”, repete, esquecendo-se de que os goianos o elegeram em 1º turno justamente para deixar claro que… sim, tinham pressa em ver caminhando a proposta de mudança do candidato que escolheram.

 

O surpreendente ritmo lento de Caiado, em vez de estratégia, já que nenhum objetivo é atingido ou qualquer resultado extraordinário é gerado, sugere na verdade indecisão e receio de fazer escolhas erradas que poderiam complicar a sua preciosa biografia. Ele disse, na campanha, que sabia o que precisava ser feito para recolocar o Estado nos trilhos. Hoje, está claro que não era bem assim. Não sabia e provavelmente não sabe até hoje, recorrendo a consultorias e a nomes de fora do Estado para tentar encontrar um rumo, que continua adiando.

 

Dia 1º de janeiro termina a lua de mel e aí Caiado terá que mostrar as cartas que tem na mão. Se é que as tem.