O balanço dos 100 dias de Caiado também deveria servir para o dos 100 dias de Marconi Perillo e Zé Eliton na oposição e o resultado é igualmente pífio
Venhamos e convenhamos: o balanço dos primeiros 100 dias do governador Ronaldo Caiado não foi assim algo que pudesse merecer algum destaque ou atenção, não passando de um amontoado de microfatos rotineiros e sem qualquer repercussão na vida dos goianos – os mesmos que elegeram Caiado no 1º turno, com um recorde de mais de 60% dos votos, provavelmente na expectativa de mudanças fundamentais para Goiás, pelo que se vê ainda em espera.
Mas… como foram os mesmos primeiros 100 dias na oposição dos dois principais nomes dos governos passados, Marconi Perillo e o seu substituto tampão Zé Eliton? Um fiasco igual ao de Caiado. Marconi escafedeu-se para São Paulo, onde alega trabalhar como consultor da Companhia Siderúrgica Nacional, apesar de não ter nenhuma experiência na área. Nesse período, foi acossado por uma enxurrada de ações judiciais e passou quase todo o tempo emitindo notas em que procurou se defender e se explicar diante dos malfeitos de que foi acusado. Já Zé Eliton simplesmente desapareceu, tendo também direito a um momento sob os holofotes quando foi alvo de uma operação policial destinada a esclarecer propinas que o teriam beneficiado. De resto, chegou a ser cogitado para presidir o PSDB estadual, mas a hipótese foi sumariamente afastada pela ostensiva falta de entusiasmo que provocou.
Nem um, Marconi, nem outro, Zé Eliton, têm hoje na política estadual um papel minimamente correspondente aos cargos de importância que exerceram e que os projetaram como figuras de primeira linha do poder em Goiás. Zé menos ainda que Marconi. Nem para entrevistas os dois são procurados. E ambos se recusaram a fazer o que os teria dignificado, ou seja, uma autocrítica sobre os anos de glória, quando é claro que houve acertos, talvez menos que os erros que custaram a massacrante derrota que colheram nas urnas.