Em um casuísmo inaceitável, absurdo e nunca visto antes em Goiás, Assembleia vai antecipar em mais de um ano a reeleição do presidente Lissauer Vieira
A Assembleia está se preparando, para, nas sessões finais deste ano legislativo, que devem ocorrer em dezembro, reeleger o atual presidente Lissauer Vieira para mais um mandato de dois anos – que só se iniciará mais de um ano depois, em fevereiro de 2021.
É um casuísmo inaceitável, absurdo e nunca visto antes na história política de Goiás. Um intricado jogo de interesses está por trás da manobra, que depende da aprovação, primeiro, da antecipação da eleição e em seguida da escolha de Lissauer Vieira para permanecer no cargo que já ocupa.
O jornalista Divino Olávio, em sua coluna Notícia Pura, no site do jornal Diário Central, deu a notícia em primeira mão. Ele acrescenta que a ideia de antecipar a eleição para a presidência do Legislativo surgiu a partir das primeiras manifestações de força da base de apoio ao governador Ronaldo Caiado na Assembleia com a aprovação da PEC da Educação e do acesso aos depósitos judiciais com ampla margem de segurança, com a adesão de parlamentares da oposição à bancada governista.
Na visão de Lissauer Vieira e do seu grupo mais próximo, a maioria caiadista entre os deputados poderia levar, caso consolidada e até ampliada mais adiante (fala-se que o Palácio das Esmeraldas deve chegar a 34 deputados a seu favor), à eleição de um novo nome para a presidência, bem mais afinado com Caiado e seus interesses políticos. Essa expectativa acabou gerando a hipótese de antecipar em mais de um ano a escolha do novo presidente, obviamente o próprio Lissauer Vieira.