Baldy, que nunca teve dimensão, se apequena ainda mais com a indicação de um irmão para a Secretaria de Cultura do governo do Estado
É uma péssima notícia a indicação que o ex-ministro, ex-deputado federal e atual secretário de Transportes de São Paulo Alexandre Baldy fez do próprio irmão, Adriano, para a Secretaria Estadual de Cultura, selando uma aproximação do PP com o governador Ronaldo Caiado.
Adriano não tem nenhuma tradição na área. Isso é ruim. Será secretário só porque é irmão do irmão. Alexandre Baldy é um jovem que, privilegiado pelas circunstâncias da vida, mostra que repete o comportamento de todos os velhos viciados que o antecederam: primeiro a família, depois o resto. Para quem tem ambições na política, trata-se de um mau passo. O ex-governador Marconi Perillo pagou caro, por exemplo, por usar todo o seu poder para aproveitar o cunhado Sérgio Cardoso em uma vaga no Tribunal de Contas dos Municípios. Resolveu, talvez, a vida de Sérgio, mas acabou com a sua – como se viu nas planilhas da Justiça Eleitoral logo após as eleições de sete de outubro do ano passado, nas quais a nomeação teve inegável participação.
Baldy está na ordem do dia, em Goiás, menos pelo que pensa e mais pelo poderio financeiro. Sem ideias consistentes, ninguém nunca venceu na política estadual, vide o exemplo de Iris Rezende, Marconi Perillo ou Ronaldo Caiado – diante dos quais, concorda-se ou não, é preciso reconhecer inquestionáveis atributos de liderança. Negociantes e farsantes até aparecem de vez em quando, mas nunca persistem ou prosperam. Nesse particular, as goianas e os goianos são inflexíveis. Podem até se iludir, eventualmente, mas, mais cedo ou mais tarde, fazem justiça nas urnas. E ainda é preciso ver se o governador Ronaldo Caiado vai aceitar essa fatura.