Informações, análises e comentários do jornalista
José Luiz Bittencourt sobre política, cultura e economia

09 jan

Iris é candidato, nunca deixou de ser, e sua presença na eleição pode ser definida como ele e todo o seu peso de um lado e um deserto de nomes e ideias de outro

Depois de um vaivém em que momentaneamente confundiu a mídia política com a ilusão de que não seria candidato à reeleição, o prefeito Iris Rezende recolocou as coisas no lugar e o fez como tem feito em todos os pleitos que disputou até hoje: não tem nenhuma pretensão pessoal, mas, como a sua vida é dedicada a servir ao povo, não poderá se furtar a uma nova convocação para manter Goiânia nos trilhos em que ele mesmo colocou a administração da cidade. Em resumo, como notou o editor Euler Belém, do Jornal Opção, o único que soube interpretar as declarações do velho cacique emedebista, “Iris é mais candidato do que nunca”.

E essa é uma constatação ruim para a legião de políticos, de inúmeros partidos, a maioria de baixo calado, que resolveu se apresentar como alternativa para a prefeitura da capital. Virou brincadeira: qualquer um se acha no direito de lançar a sua postulação, gente sem eira nem beira como Major Araújo, Romário Policarpo, Virmondes Cruvinel, Rafael Gouveia, Alexandre Magalhães, Eduardo Prado e mais alguns que deveriam se bastar por já ter chegado onde chegaram, mas não têm nenhum pejo para se apresentar como possibilidade para o lugar de Iris. Só o Diário da Manhã, em uma reportagem nesta quinta, 9 de dezembro, cita 14 desses infelizes, cuja soma política e técnica, caso possível, não alcançaria sequer 10% do potencial embutido na recandidatura, benéfica e indispensável para Goiânia, de Iris. Anotem aí: política é um campo de atividade onde a seriedade é indispensável, mas nenhum desses pré-candidatos está mostrando a mínima noção dessa verdade.

Iris, como se sabe, faz da atual a melhor administração da sua vida. E também da vida das e dos goianienses. Dá arrepios e até vontade de chorar a cogitação de que ele poderia, devido à idade, que não faz nenhuma diferença, não concorrer e abrir espaço para um desses doidivanas. Sim, é o que são, com suas propostas de cidade digital, obras planejadas, mais programas sociais e um amontoado de invencionices a mais (tem até um fazendo media training para a campanha), todas denotando nada mais que pobreza de imaginação diante do acerto e da força da gestão ora em andamento no Paço Municipal, algo que nunca se viu antes. Podem descansar, leitoras e leitores: Iris é candidato. Melhor ainda: será prefeito de Goiânia por mais quatro anos.