Infelizmente, igrejas são um negócio que rende milhões aos seus controladores e erroneamente foram autorizadas a reabrir em Goiás em condições que não impedem a propagação do coronavírus
Sim, leitora e leitor: vivemos em um sistema capitalista e igrejas, de todos os matizes, são adaptadas a essa realidade, funcionando também como máquinas de arrecadação de dinheiro. Em dois extremos, um evangélico e outro católico, basta citar a voracidade da Igreja Universal do pastor ou apóstolo ou sabe-se lá o quê Edir Macedo pelos recursos monetários arrancados diariamente dos fiéis, por um lado, e o portentoso poderio financeiro da paróquia de Trindade, onde o padre Robson comanda uma pirâmide que atrai a colaboração dos devotos do Divino Pai Eterno e se tornou uma potência em matéria de patrimônio e negócios de toda natureza, alguns inexplicados.
Esses são exemplos de tamanho gigante. Mas há uma miríade de situações parecidas, desde aquelas minúsculas, tipo as igrejas de garagem, até as escalam níveis de grandeza. Com a Covid-9, essas fábricas de riqueza entraram em colapso. O decreto do governador Ronaldo Caiado estabeleceu condições que podem ser classificadas como duras para que voltem a operar e continuem a explorar a boa vontade do rebanho de cada uma, claro, na expectativa das carteiras abertas para o pagamento do dízimo e doações justificadas pela esperança de retorno divino – condições sanitárias que são difíceis de cumprir e que provavelmente nenhum dos tempos que vão reiniciar as atividades conseguirão atender.
No fim de tudo, a retomada das supostas atividades religiosas em Goiás vai se transformar em oportunidade para a propagação do novo coronavírus. Igreja verdadeiramente cristã ou solidária, se ali houver consciência humanitária, não reabrirá suas portas enquanto durar a pandemia.