Mortes por confronto com a polícia dobraram entre 2018 e 2019, segundo “denúncia” de O Popular, mas é provável que decorram da maior efetividade da política de segurança pública de Caiado, só isso
Em mais um prestimoso serviço de desinformação aos seus leitores, O Popular noticiou em tom denúncia a elevação do número de mortes em confrontos policiais, em Goiás, de 2018 para 2019, quando passaram de 424 para 825, dado que colocou o Estado em 2º lugar no ranking nacional de letalidade policial proporcionalmente ao seu número de habitantes. Parece muito e o jornal explora o veio de modo irresponsável, sugerindo, pelo tom da matéria da repórter Thalys Alcântara, que estariam ocorrendo excessos e desrespeito aos direitos humanos por parte das forças de segurança comandadas pelo governador Ronaldo Caiado.
Pelo princípio filosófico e pré-científico da navalha de Ockham, diante de várias explicações para um problema, a mais simples tende a ser a mais correta. Essa é uma ferramenta, leitoras e leitores, que sempre funciona muito bem. E que se aplica com precisão à matéria – especulativa – de O Popular, jornal que é tido como o mais importante de Goiás, porém muitas vezes se comportando abaixo desse compromisso moral e ético com o seu universo ledor. Pois bem: e se o quantitativo de óbitos em intervenções policiais subiu apenas porque as investigações e apurações, bem como a reação de delegados, agentes e PMs a ocorrências de violência contra as cidadãs e cidadãos e danos ao seu patrimônio, passaram a ser muito mais efetivas do que no passado?
É uma constatação básica: Caiado endureceu, e merece parabéns por isso, a política de segurança pública e o fez a partir de uma diretriz simplificada de fortalecimento e apoio aos seus executores. Repetidamente, o governador tem dito que a única limitação para a repressão contra a criminalidade é a lei, abandonando a frouxidão que foi a característica do setor nas gestões do passado, incapazes de articular a proteção da população contra o avanço da bandidagem. Isso é inegável e significa que ninguém que está na ponta de lança do aparelho policial será abandonado à sua própria sorte. Deu resultados: ora, bolas, qualquer um é capaz de reconhecer que Polícia Civil e Polícia Militar, hoje, são mais muito, mas muito mais afirmativas no cumprimento da missão de garantir a proteção de todos contra a violação por poucos do direito de viver em paz e em tranquilidade. Há agora mais competência e mais proatividade nos freios para os infratores das leis penais do que em qualquer dos tempos recentes.
Portanto, pode ser essa a explicação para o aumento de perecimento de marginais em momentos onde o protagonismo policial e o recurso à força são necessários para evitar males maiores e garantir o esclarecimento de situações delituosas. Só isso. O Popular, maldosamente, deixa no ar que estaria havendo excessos, embora sem apresentar fatos capazes de demonstrar os houve aqui ou ali. Não faz também correlação entre as mortes e a redução das estatísticas criminais. Ninguém, nem a polícia, é perfeito e erros podem ser cometidos, porém nenhum tem sido visto além da pouca incidência ou passível de dúvidas maiores. Os esquadrões de segurança desvendam crimes, prendem e em alguns casos chegam a matar, só que é exatamente para isso, dentro dos limites legais, como frisou o governador, que eles existem, como instrumentos protetivos da sociedade.