Pelo sim, pelo não, Iris não promove inaugurações, mesmo tendo obras prontas para entregar, e garante a sua elegibilidade até o dia 16
Em um gesto absolutamente típico dentro do seu jeito próprio de fazer política, o prefeito Iris Rezende anunciou a sua aposentadoria da política, mas suspendeu a agenda de inaugurações – e ele tem obras prontas para serem entregues – e assim mantém a sua elegebigilidade intacta até o dia 16 deste mês de setembro, quando se esgota o prazo para que as convenções partidárias oficializem os candidatos às próximas eleições municipais.
Desde que desistiu de disputar mais um mandato, Iris não deu nenhum sinal de que poderia mudar de ideia e voltar ao jogo. Ao menos objetivamente. Só que deixou de promover eventos envolvendo ações da prefeitura, que não são proibidos pela legislação eleitoral – a presença de candidatos, sim, é que é vetada. Pelo sim, pelo não, o Paço Municipal passou a funcionar em regime de discrição. Iris, portanto, não participou de nada que pudesse atropelar a lei e ferir o seu direito de registrar seu nome e se habilitar ao pleito que se avizinha.
A porta para a desistir da desistência, como publicou o Jornal Opção, está aberta para o velho cacique emedebista. Não é demais lembrar que ele, ao renunciar à reeleição, agiu sob pressão da família e não por vontade própria. Ao contrário. Dezenas de vezes, no passado, ele disse que só a morte o afastaria da política, deixando claro que seria um militante até o último fiapo das suas forças, hoje, mesmo aos oitenta e tantos anos, ainda longe da exaustão. Nos seis dias que faltam para o dia 16, embora em uma hipótese remotíssima, Iris teoricamente ainda pode voltar atrás.