Pesquisa Serpes/O Popular mostra que a eleição em Goiânia está para Vanderlan e que Maguito, sem Iris e sem identidade com a capital, pode acabar dando um vexame e ficar fora do 2º turno

As pesquisas do instituto Serpes, publicadas por O Popular, pela seriedade e alta margem histórica de acertos, costumam balizar as eleições em Goiás, sejam municipais ou estaduais, e tudo indica que, no pleito deste ano, não será diferente. Neste sábado, 26 de setembro, saiu a primeira relativa a Goiânia, trazendo de certa forma uma surpresa: a significativa diferença entre o senador Vanderlan Cardoso, do PSD, em 1º lugar, e os demais concorrentes, além do posicionamento do candidato do MDB Maguito Vilela em 3º lugar, superado pela deputada estadual Adriana Accorsi, do PT, esta em 2º lugar.

O levantamento, portanto, representa uma péssima sinalização para Maguito: ele chegou a apenas 13%, ou seja, 9,7 pontos atrás de Vanderlan, que pontuou espetaculares 22,3% e conquistou a liderança. O índice alcançado pelo senador é aparentemente baixo, porém devem ser respeitados o momento inicial da campanha e a confirmação de que ele, sim, é que tem recall entre o eleitorado goianiense, não o postulante emedebista, como se imaginava a princípio. Além disso, Adriana Accorsi, ainda que por décimos, saiu à frente de Maguito. Não poderia ser pior para ele.

Para os demais candidatos, a pesquisa Serpes/O Popular deu o esperado. Praticamente ninguém se destaca, com alguma exceção para os deputados estadual Allysson Lima, do SD, com 4,8%, e Elias Vaz, do PSB, com 4,3%. Em tese, estão no jogo. Provavelmente, se mantiverem esses números até a data das urnas, terão direito a valorização do apoio que poderão dar aos dois classificados para o 2º turno – aparentemente inevitável diante da fragmentação do cenário em 14 candidaturas.

Vale mais uma palavra sobre Maguito: ele nunca teve e a pesquisa agora confirma que não tem nenhuma identidade com a capital, onde, como governador, não deixou uma marca consistente. Os números revelma que uma margem de conhecimento, não muito grande, mas com certeza insuficiente para vencer a corrida pelo Paço Municipal. A candidatura do emedebista não é natural, ao contrário da de Vanderlan – que os eleitores e as eleitoras de Goiânia parecem perceber como renovadora e necessária para garantir a continuidade da boa gestão de Iris.