Em uma antecipação do que pode acontecer no Estado em 2022, Goianésia derrota a chapa MDB-PSDB articulada por Daniel Vilela-Otavinho Lage e elege prefeito do DEM

A inusitada chapa articulada pelo presidente estadual do MDB Daniel Vilela em Goianésia, com o advogado Pedro Gonçalves, representante do MDB, para prefeito, e o delegado Marco Antônio, pelo PSDB, como vice, acabou derrotada nas urnas – em uma espécie de aviso premonitório para o que pode ocorrer caso esses dois partidos venham a se juntar, como se prenuncia, para disputar o governo de Goiás em 2022. Venceu o candidato do DEM, com o curioso e indecifrável nome de Leozão do Renatão(foto acima), lançado pelo prefeito Renato de Castro – esse mais uma vítima dos Vilelas no MDB ao ter a candidatura à reeleição impedida como vingança pelo apoio que deu ao governador Ronaldo Caiado em 2028.
Daniel Vilela esteve pessoalmente em Goianésia, para fechar com Otavinho Lage a composição da chapa tucano-emedebista, ideia infeliz que foi festejada, na época, como uma manobra inteligente para criar dificuldades para a reeleição de Caiado daqui a dois anos, caso estadualizada. A sensação inicial foi a de que a jogada estava fadada ao sucesso, até mesmo pelo seu efeito surpresa. Fora o MDB e o PSDB, Goianésia não tem partidos políticos de expressão, menos ainda o DEM. Mas não foi o que aconteceu. Dois fatores se combinaram para enterrar a aliança entre esses dois tradicionais adversários: 1) a rejeição do eleitorado local a um acordo de conveniência entre dois antigos inimigos, ambos com o carimbo de “velha política” na testa e 2) a força do prefeito Renato de Castro, na verdade o grande vencedor da disputa e daqui a dois anos deputado estadual eleito.