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José Luiz Bittencourt sobre política, cultura e economia

17 nov

Estado real de Maguito, ocultado pelo MDB e por Daniel Vilela para auferir vantagens eleitorais, pode ser definido pelo colapso renal: “Rins são os heróis da resistência. Quando falham, o quadro é irreversível”

Este blog tem publicado avaliações sobre o estado de saúde do candidato do MDB a prefeito de Goiânia Maguito Vilela sempre com sustentação em fontes médicas e, pelo menos até agora, não tem errado. Aliás, mesmo antes de tudo o que aconteceu após o acometimento de Maguito pelo coronavírus, já havia sido dito aqui que a candidatura dele seria uma aposta de alto risco, diante da exposição a que se obrigaria pela inevitável agenda de campanha depois de ter duas irmãs igualmente idosas levadas a óbito pela Covid-19.

A verdade, mesmo doendo, precisa ser dita; Maguito, pessoalmente, foi negligente quanto às regras sanitárias em sua movimentação eleitoral. Suas redes sociais foram pródigas em imagens em que ele aparecia desprevenido, imprudentemente exposto à contaminação. O MDB e o filho Daniel Vilela igualmente não cuidaram de proteger o candidato, perto de completar 72 anos, incluso no grupo de risco e ainda por cima com o precedente de ter tido duas irmãs levadas a óbito pela nova doença. Isso precisa ser colocado em termos muitos claros: houve negligência, tanto por parte de Maguito quanto pelos seus familiares quanto pelo partido.

Agora, Maguito chegou a uma condição terminal. Se sobreviver, será um milagre. O MDB, Daniel Vilela e o seu médico-genro Marcelo Rabahi nunca sinalizaram que nada disso poderia acontecer. Infelizmente, administraram o padecimento do candidato com vistas a dividendos eleitorais, falhando com as obrigações mínimas de transparência e fidedignidade com a sociedade. Não adianta negar, foi isso que aconteceu e este blog já o demonstrou com fartura de argumentos e constatações. Pior: hoje, no ponto a que as coisas chegaram, não se pode descartar nem mesmo que o tratamento de Maguito tenha escapado a condicionantes políticos e piorado a sua condição. Isso, qualquer que seja o desfecho, precisará ser investigado.

Vamos ao que importa; Maguito está na UTI do Hospital Israelita Albert Einstein praticamente sem qualquer uma das suas funções vitais em atividade. Seu coração e seus pulmões foram substituídos por um aparelho mecânico, solução extrema que tem efeitos deletérios sobre o organismo do paciente. Seu sistema renal parou. Em medicina, diz-se que ““os rins são os heróis da resistência. Quando eles começam a falhar, as perspectivas para o doente são as piores possíveis”. Ele tem chances perto de zero de escapar, mas um milagre pode acontecer. É, hoje, a saída para a qual podemos torcer.