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José Luiz Bittencourt sobre política, cultura e economia

23 nov

Assim como aconteceu no 1º turno, proximidade da data da votação do 2º turno intensifica o noticiário sobre melhoras de Maguito. Espera-se que, dessa vez, seja verdade

Assim, como aconteceu no 1º turno, a chegada da data da votação do 2º turno, no próximo domingo, 29 de novembro, está correspondendo a uma intensificação do noticiário  sobre uma melhora no estado de saúde do candidato do MDB a prefeito de Goiânia Maguito Vilela, internado em estado grave na UTI do Hospital Albert Einstein, em São Paulo. Dessa vez, no entanto, espera-se que essas informações sejam verdadeiras.

No 1º turno, não foram. Enquanto a campanha andava, Maguito, infectado pela Covid-19, foi piorando progressivamente até os momentos decisivos que passou no dia da eleição, quando, segundo um médico da equipe do Albert Einstein, ouvido pela Televisão Brasil Central, “foi salvo na unha”. Ao mesmo tempo, o MDB, seu filho Daniel Vilela e o médico-genro Marcelo Rabahi desdobravam-se em comunicados, postagens e declarações marcadas pelo mais puro otimismo, sempre anunciando a cura e breve alta hospitalar. Foi por tudo isso que o candidato do PSD Vanderlan Cardoso, com toda razão, levantou a possibilidade de um estelionato eleitoral na capital, baseado na manipulação das resenhas sobre o emedebista.

O pleito municipal em Goiânia passou a chamar atenção nacional graças a doença de Maguito. O jornal Folha de S. Paulo, por exemplo, publicou uma extensa matéria, apontando, na manchete, para um cenário tenso, em que um dos candidatos sequer sabe que está disputando o 2º turno. Isso porque Maguito foi reintubado no domingo, 15 de novembro, com a votação em andamento, após sedado para facilitar o procedimento, apresentando um agravamento daí a dois dias, levando à necessidade de ter as suas funções vitais realizadas por uma máquina chamada ECMO.

Até então, os boletins oficiais do Hospital Albert Einstein, que devem ser autorizados pela família, não estavam sendo emitidos diariamente, como o passou a ser a partir da segunda, 16 de novembro e vem se mantendo até hoje, em uma medida mínima de transparência em relação a internações de pacientes em que existe interesse da opinião pública. Com base nesses documentos é que, agora, fala-se em algum avanço positivo nas condições de saúde do candidato emedebista e redução da sua dependência ao ECMO. Mesmo assim, fontes familiares, sem alarde, anunciam que o equipamento será desligado nesta terça, 24 de novembro, em razão do restabelecimento da capacidade do organismo de Maguito de sobreviver por conta própria.