Edição desonesta de perguntas dos jornalistas e das respostas de Vanderlan em entrevista à rádio Sagres: veja como o marketing antiético do MDB manchou a eventual vitória de Maguito
A campanha do candidato a prefeito do MDB Maguito Vilela é uma das mais antiéticas e politicamente nocivas dos últimos tempos em Goiás, fazendo uso de todo tipo de manipulação e recursos antiéticos para atacar e desconstruir o candidato do PSD Vanderlan Cardoso – a tal ponto que uma eventual vitória no próximo domingo, 29 de novembro, estará inevitavelmente maculada pelo jogo sujo a que o emedebismo lançou mão em Goiânia.
Além de tudo o que foi feito de irregular e condenável no 1º turno, quando as informações sobre o estado de saúde de Maguito foram manipuladas para evitar prejuízos para as suas intenções de voto e também aproveitada a trégua dos adversários em solidariedade ao padecimento hospitalar do candidato para intensificar a artilharia contra Vanderlan, agora, no 2º turno, novos lances dessa estratégia espúria continuam acontecendo. Dois jornalistas conceituados – Rubens Salomão e Cileide Alves -, da rádio Sagres, tiveram suas imagens usadas sem autorização no horário emedebista de propaganda eleitoral na televisão, pior ainda, fora do contexto, em trechos de uma entrevista de Vanderlan à emissora: as perguntas dos jornalistas foram editadas e montadas, bem como as respostas de Vanderlan. Os dois, Salomão e Cileide, foram aos microfones da emissora e às redes sociais para reclamar da fraude com os seus nomes. Um deles, Salomão, que acusou seis cortes na sua fala, chegou a dizer: “Problema nenhum utilizar entrevista, que é pública, ou mesmo parte dela. O problema é editar frases de perguntas minhas e montar como se fosse uma fala só. Basta imaginar se jornalistas passassem a editar falas de políticos para conseguir manchetes. Seria antiético, concorda?”, escreveu no Twitter. Cileide Alves arrematou: “A pílula tem várias irregularidades, mas o que mais grave é o uso de nossa imagem sem autorização e a edição da entrevista para tirar de contextualização”. Ambos repudiaram veementemente o uso das respectivas imagens e a deturpação da entrevista com Vanderlan (veja aqui o desmentido, de viva voz, que eles postaram no Instagram).
Ninguém, nem o MDB nem Daniel Vilela nem ninguém ligado à campanha, veio a público para esclarecer o episódio ou se desculpar. Fingiu-se que não era com eles. A peça de propaganda, uma pílula, não foi postada pelo partido nas redes sociais da campanha e só exibida na TV. Segundo a definição resumida de Rubens Salomão, “não expressa a realidade”. É uma farsa, uma terrível falha moral, das muitas que estão se repetindo na comunicação emedebista desde o 1º turno, conspurcando inapelavelmente a eventual vitória de Maguito no próximo domingo. A eleição em Goiânia já está devidamente desvirtuada pelas mais de 300 mil abstenções já registradas, que tendem a ser repetir no dia 29 de novembro, pelo falseamento dos comunicados sobre a saúde do candidato para preservar suas intenções de voto e a ausência completa de debates que pudessem oferecer subsídios para a orientação das eleitoras e dos eleitores, mas, como se vê, mais motivos para minar a legitimidade do candidato e do partido continuam surgindo. Tudo isso vai cobrar um preço no futuro.