Enquanto Daniel Vilela anunciava que “ele estará em breve em plenas condições não só para tomar posse, como para liderar a gestão”, Maguito piorava e agora está mais grave do que antes
Mais uma vez, não se confirmaram as previsões otimistas do filho Daniel sobre o estado de saúde do prefeito eleito de Goiânia Maguito Vilela. A exemplo do que fez durante a campanha, continuou e continua fazendo depois de encerrada a eleição, se esmerando em criar expectativas falsas para uma rápida melhora e uma iminente alta hospitalar, Daniel Vilela disse nesta quinta-feira, 10 de dezembro, que o paciente ilustre “estará em breve em plenas condições para não só tomar posse, como também para liderar a gestão tão importante e escolhida pelos goianienses pelos próximos quatro anos”. Poucas horas depois, na madrugada desta sexta-feira, 11 de dezembro, internado na UTI do Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo, Maguito teve uma hemorragia nos pulmões e acabou submetido a uma cirurgia de emergência, com o seu médico particular (e genro) Marcelo Rabahi admitindo que, com isso, ele está agora “pior do que antes”.
Parte das atitudes irresponsáveis de Daniel Vilela sugerindo que tudo estará bem “em breve”, o que sempre fez, pode ser explicada e entendida pela sua estreita ligação familiar: é compreensível que, ansiando pela salvação e recuperação do pai, ele alimente expectativas fora da realidade, até mesmo a de um milagre. Mas não é apenas isso. Há interesses ocultos, infelizmente. Antes das urnas, ele quis salvaguardar as intenções de voto de Maguito, evitando prejuízos para a campanha do MDB. Depois, se esforça para evitar que as goianienses e os goianienses que escolheram o candidato emedebista se decepcionem e aceitem uma situação provisória que, com certeza, será negativa para a prefeitura e no final das contas provavelmente prejudicará a cidade. Daí as informações estrategicamente vazadas sobre lágrimas que Maguito teria derramado ao ser comunicado por uma enfermeira da vitória no 2º turno ou a propósito de um início de superação da doença e das suas consequências nefastas ao responder com gestos a informações sobre o que passa na transição da gestão em Goiânia.
Este blog sempre alertou: não acreditem nisso, leitoras e leitoras. A motivação primordial é política, conforme esclarecido no parágrafo anterior. De certa forma, é uma falta de respeito para com o público e para com Maguito, em um processo de padecimento que deveria ser objeto da maior seriedade e da maior transparência possível. Faltou e continua faltando sobriedade na abordagem, desonesta, dada ao assunto durante a campanha e mantida até hoje. Maguito, desde que foi atacado pela Covid-19, repita-se, por negligência sua, dos seus familiares e dos seus assessores (aliás, com os antecedentes de duas irmãs igualmente idosas mortas em poucos dias pela doença, jamais deveria ter assumido uma candidatura que implicava em exposição ao contágio), nunca teve avanços positivos. Suas condições só se agravaram a cada dia. Está recebendo o mais qualificado tratamento que existe no mundo, a custos inimagináveis, e mesmo assim não dá sinais de restabelecimento.
Que Maguito sobreviva, é o que todos desejam, inclusive este blog. Mas que prevaleça sempre a verdade, somente a verdade e essa é dura: não vai assumir o Paço Municipal no próximo dia 1º de janeiro e pode ser até que jamais o faça, mesmo escapando.