Alô Daniel Vilela, Agenor Mariano, viúva Flávia Teles e emedebezada em geral: parem de atrapalhar com picuinhas, agourar fracasso e deixem Rogério Cruz trabalhar. Se não mostrar serviço…
Leitoras e leitores: quem colocou Rogério Cruz na prefeitura de Goiânia não fui eu nem vocês, foi o filho de Maguito Vilela, Daniel, e o MDB, comandando um dos maiores estelionatos eleitorais da história do Brasil, através da manipulação escandalosa de informações visando a capitalizar nas urnas o sentimento de compaixão da população por um candidato que não tinha condições físicas sequer para pedir votos postando vídeos nas redes sociais, quanto menos para participar da própria campanha.
Quem acompanha este blog sabe que aqui foi dito, dezenas de vezes, que escolher Maguito lançaria Goiânia em um abismo de profundidade desconhecida: ele, no 1º turno, já padecia sob os efeitos deletérios da Covid-19, prenunciando uma existência futura, caso sobrevivesse, incompatível com um cargo executivo de peso como o almejado naquele instante. Daniel Vilela e os emedebistas foram fundo na construção da fraude que foi corretamente denunciada pelo concorrente Vanderlan Cardoso, a quem eles retrucaram que processariam para buscar a reparação do que, na época, ardilosamente consideraram como ofensa e deturpação dos fatos. Não o fizeram até hoje.
Vanderlan estava coberto de razão. Como tudo que é construído sobre alicerces podres não se sustenta, a farsa da eleição de Maguito levou à entrega da prefeitura ao vice e, em menos de 80 dias, ao expurgo do MDB do Paço e à queda do castelo de cartas. Venhamos e convenhamos, os emedebistas se empoleiraram no poder municipal para se aproveitar das benesses do poder municipal – já pululavam nos primeiros dias da gestão candidaturas a mandatos eletivos em 2022 baseadas na máquina administrativa da capital, como, por exemplo, a do primo Leandro Vilela a deputado federal – e para fazer de Rogério Cruz uma marionete vigiada até a porta do banheiro, além de completamente desfibrado no que legalmente se tornou, pelo menos por enquanto, isto é, o prefeito de Goiânia.
Agora que a trapaça eleitoral que montaram se voltou contra eles, Daniel Vilela e seu grupo parecem querer dedicar cada minuto a jogar cascas de banana no caminho do pastor evangélico licenciado, ex-vereador por dois mandatos e ex-executivo da Rede Record que eles mesmos festivamente escolheram para compor a chapa com Maguito. Requisitaram até a viúva, claramente disposta a encarar uma carreira política, para a qual redigiram uma nota de ataques ao prefeito que é simplesmente vergonhosa tendo saído de onde saiu, ou seja, de quem deveria manter a compostura e o recato cabível como donatária da missão de preservar a memória do morto ilustre – cuja imagem póstuma está projetada muito acima de quem foi autenticamente em vida.
É o caso de dizer, amigas e amigos: deixem Rogério Cruz trabalhar. Deixem que mostre serviço. Quem o colocou lá foram Daniel Vilela e o MDB. Se o prefeito não conseguir, independentemente do que façam ou digam, a opinião negativa dos moradores da capital cairá sobre ele com a força dos raios flamejantes que os evangélicos acreditam ser um impiedoso Deus capaz de lançar contra os infiéis. Ao pedir a retirada do retrato de Maguito pendurado no gabinete principal do Paço Municipal, a viúva incorreu em mesquinharia da pior espécie, já que a lembrança do marido, que ela imagina defender, não pertence a ninguém senão à posteridade – só o tempo mostrará quem foi e se realmente deixou algum legado além do benéfico impacto emocional do seu óbito em circunstâncias especialmente dramáticas. E pensando bem: por que exibir o retrato de um político em repartições oficiais, que são obrigadas a atender a exigências de impessoalidade e de passar longe do tão nocivo culto da personalidade? Deixem Rogério Cruz trabalhar.