Vanderlan tem conversa esclarecedora com Vilmar Rocha, avisa que não vai apoiar Caiado e que, na eleição, ficará ao lado do candidato que representar a base bolsonarista
Quem confia na palavra do senador Vanderlan Cardoso? Pois é: pouca gente. Em política, a credibilidade de um player é construída a partir dos seus atos concretos e não por vãs declarações de intenção. Vanderlan, nesse sentido, é muito complicado. Não se preocupa em constituir uma meada consistente ao longo do tempo quanto ao que pensa e faz.
Exatamente para conferir, mais uma vez, a verdade sobre os sinuosos movimentos do senador que o presidente do PSD Vilmar Rocha se reuniu com ele, nesta semana. E saiu com algumas certezas:
1 – O senador não apoiará a reeleição do governador Ronaldo Caiado, que teve como aliado quando foi candidato a prefeito de Goiânia e prometeu retribuir. A menos que Caiado receba o apoio do presidente Jair Bolsonaro, hipótese hoje distante.
2 – Vanderlan ficará com o candidato a governador apoiado, em Goiás, pelo presidente Jair Bolsonaro. Qualquer que seja ele.
3 – Izaura Cardoso, sua esposa, lembrada vagamente para a vice de Gustavo Mendanha (ela é filiada ao PSC), não estará nas próximas eleições. Ela e o filho Victor estão concentrados na administração da Cicopal, que reúne as empresas do senador.
4 – Vanderlan, de fato, atropelou Vilmar Rocha e levou o prefeito de Aparecida Gustavo Mendanha para um encontro com o presidente nacional do PSD Gilberto Kassab. Mas não agora e, sim, no ano passado. Há um bom tempo, enfim.
5 – Mantém relacionamento com Mendanha, que apoiou com força seu adversário Maguito Vilela na eleição de 2020 em Goiânia e chegou a excluir o PSD da sua coligação em Aparecida, como retaliação contra a candidatura de Vanderlan pelo partido, na capital. Só que não tem compromisso com o prefeito aparecidense, a menos que seja o candidato do bolsonarismo em Goiás.
6 – E, por último, o mais importante: Vanderlan, categoricamente, negou qualquer intenção de disputar a eleição para o governo de Goiás. Só estará na eleição como apoiador, não como protagonista.
É, leitoras e leitores, o que ele garantiu a Vilmar Rocha, lembrando que, quando se trata de Vanderlan, nada é definitivo.