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José Luiz Bittencourt sobre política, cultura e economia

15 mar

Novela vai-não-vai sobre a candidatura de Meirelles deve se estender até 1º de abril, com desfecho por ora imprevisível

É bem provável que até 1º de abril não se tenha nenhuma resolução sobre a candidatura ao Senado de Henrique Meirelles, mesmo porque, ao que tudo indica, nem ele mesmo sabe o que vai fazer da vida em relação ao seu futuro político. Dizem que tem convites para preencher a vaga de vice na chapa de Rodrigo Garcia, do PSDB, em São Paulo, que foi convidado por Lula para ser embaixador do Brasil nos Estados Unidos, como parte dos acenos tranquilizadores do petista ao mercado, que isso e que aquilo, em uma infinidade de situações que dependem basicamente da decisão exclusiva do ex-ministro.

Nem o governador Ronaldo Caiado nem o presidente estadual do PSD Vilmar Rocha nem o presidente nacional Gilberto Kassab nem ninguém, e muito menos o próprio Meirelles, sabem por ora qual será a solução para o imbróglio – que envolve hesitação, incerteza e insegurança pessoais, as piores variáveis possíveis em qualquer processo político, seja qual for a ordem ou monta. Se o ex-ministro não tem noção do que quer, imaginem, leitoras e leitores, todos os demais envolvidos nesse cenário.

Mas uma coisa é certa: o tempo a ser seguido para se chegar a uma definição será… o tempo de Meirelles. Como se trata de uma figuraça, será preciso paciência daqui até a data limite para o desenlace, no máximo em 15 dias. Prejuízos para muitos, mas para ninguém tanto quanto para ele próprio.