“Campo progressista”, que de progressista não tem nada, prepara chapa com Zé Eliton para o governo, PT na vice e Marconi para o Senado, em acordo viabilizado com o fim da candidatura de João Dória
A morte precoce da candidatura presidencial do governador de São Pauolo João Dória tem desdobramentos imediatos em Goiás: um acordo entre PSDB, PSB e PT para o lançamento de uma chapa com Zé Eliton para o governo do Estado, o PT na vice, provavelmente com o ex-reitor da PUC Volmir Amado, e Marconi Perillo como postulante ao Senado.
A desistência de Dória extinguiu automaticamente o compromisso que Marconi tinha com ele, que o amparou após o massacre eleitoral de 2018, aliás retribuindo o que recebeu dos governos do PSDB em Goiás para alimentar a sua indústrimilionária de eventos promocionais. O ex-governador ficou assim liberado para cuidar da própria vida e ajudar a trabalhar uma frente do “campo progressista”, que de progressista não tem nada, para tentar barrar a reeleição do governador Ronaldo Caiado.
O vice de Lula, Geraldo Alckmin, que tem interesse nessa composição para melhorar o palanque que ele e o petista terão em Goiás, é o avalista do acordo. Que, assim, pode sair e dividir em definitivo a oposição estadual, repartida em três candidaturas: Zé Eliton, Gustavo Mendanha e Major Vitor Hugo, o que tende a dificultar a visibilidade do eleitor quando chegar a hora das urnas e favorecer Caiado.