Uma derrota ensina mais lições que uma vitória
O ex-prefeito de Aparecida Gustavo Mendanha tomou uma derrota maiúscula, em 1º turno, mas ainda não deu sinais de que aprendeu a lição. Mergulhou em silêncio, o que é positivo e revela até uma inusitada humildade, ao sugerir que está refletindo sobre a coleção de erros que cometeu na aventura da sua candidatura sem estrutura e sem base ao governo do Estado. Falta o mea culpa.
Mendanha deveria incorporar um aprendizado baseado em três tópicos:
1) Sem companhias relevantes, ou seja, na ausência de lideranças de peso, nenhum projeto político vai a lugar nenhum. Romper com o vice-governador eleito Daniel Vilela e sair do MDB foi um equívoco monumental.
2) Partidos nanicos não são capazes de dar suporte a projetos eleitorais minimamente consistentes. Quem quiser influenciar a grande política tem que buscar espaço em legendas de porte.
3) Política e crenças religiosas não se misturam. Acreditar em desígnios divinos é o caminho mais curto para o desastre nas urnas. Vide os casos de Iris Rezende e Vanderlan e suas duas respectivas derrotas para o governo do Estado (e, em última análise, Jair Bolsonaro). Deus não faz política.