Com Marconi na presidência, PSDB ficou menor que o nanico Avante em Goiás
Portentoso em Goiás durante 20 anos, o PSDB estadual virou pó de traque. Aliás, acompanhando a sina do partido nacionalmente falando, também hoje numericamente insignificante. Na Assembleia Legislativa, os tucanos contarão a partir de 2023 com dois deputados – Gustavo Sebba e dr. José Machado, abaixo do nanico Avante, que disporá de três representantes – André do Premium, Rosângela Rezende e Anderson Teodoro. Na Câmara Federal, o PSDB quase empatará com o PSOL: este, com 12 deputados federais, e aquele com apenas 13.
É uma das decadências partidárias mais rápidas e aceleradas já vistas tanto no país quanto no Estado, aqui em pleno mandato do ex-governador Marconi Perillo como presidente regional da legenda. Marconi aprendeu a fazer política com o tacão do poder nas mãos. Era fácil. Sem o porrete, perdeu o rumo, soterrando-se em uma série interminável de erros, eternamente recusando-se a uma autocrítica. Ostenta duas massacrantes derrotas para o Senado, em 2018 e 2022, jogado agora em uma encruzilhada quanto ao seu futuro da qual não sabe como vai sair.
Partidos crescem e igualmente minguam até desaparecer. Mas há exemplos do contrário e exemplos poderosos: o MDB, que vai para 40 anos de sobrevivência em Goiás, é o maior. O fim do PSDB ensina uma lição: a de que, sem alicerces em ideais e baseando-se apenas na distribuição das benesses ocasionais dos governos, nenhuma sigla dura. Infelizmente, os tucanos estaduais construíram na areia e o edifício que levantaram não resistiu à primeira ventania.