A comemoração antecipada da vitória de Lira foi na casa de Baldy, com até 400 convidados
Na noite desta terça, 31 de janeiro, véspera das decisivas eleições para as presidências da Câmara Federal e do Senado, um jantar na mansão do presidente do PP em Goiás Alexandre Baldy, em Brasília, comemorou por antecipação a nova vitória de Arthur Lira para o comando da Câmara.
Baldy, nos bastidores da capital federal, ainda é chamado de “ministro”. Como se recorda, ele ocupou o Ministério das Cidades no governo Michel Temer, na época bancado pelo então presidente da Câmara Rodrigo Maia. De lá para cá, aproximou-se e passou a operar à sombra dos dois políticos que comandam o PP nacional – Lira e o ex-ministro Ciro Nogueira. Ele é uma espécie de “resolvedor” geral do grupo. Viagens de aviões, empréstimos emergenciais, estadias em resorts internacionais e outros mimos qualificados, não há nada que não consiga prover para os aliados, como longa manus da dupla Lira-Nogueira. Brasília também funciona assim.
No passado, outro goiano teve uma ascensão parecida e terminou muito mal: Sandro Mabel, empresário bilionário de perfil político muito, mas muito semelhante a Baldy. Mabel envolveu-se em uma dezena de escândalos, enquanto sua cópia por enquanto apenas em um, porém com consequências danosas já que chegou a ser preso e o outro jamais o foi.
As notícias da imprensa nacional se dividem no registro de um público mínimo de 200 pessoas presentes no jantar de Baldy e o máximo de 400. Bolsonaristas e lulistas, indiscriminadamente. Houve até shows com duplas sertanejas, vinhos franceses e uísque de primeira. Nada foi economizado. Pelo tamanho da festança, a casa deve ser um portento.