Fraqueza política e administrativa de Vilmarzim aumenta a fila de candidatos em Aparecida
Prefeito fraco, política e administrativamente, acaba atiçando a concorrência. Na hora de disputar a reeleição, depara-se com uma fila de adversários, a exemplo do que ocorre agora com Vilmar Mariano, o Vilmarzim, aquele vice que assumiu em Aparecida quando Gustavo Mendanha renunciou para disputar e perder o governo do Estado.
Prestes a completar um ano no cargo, Vilmarzim caiu no vazio. Não conseguiu uma identidade para a sua gestão, hoje paralisada pela falta de recursos, apesar dos mais de R$ 2 bilhões do orçamento anual aparecidense. Não há obras para mostrar. E a prefeitura patina no essencial reclamado pela população: atendimento médico (os postos de saúde estão sucateados), CMEIs para as crianças (estima-se entre 10 e 20 mil o déficit de vagas) e asfalto (30% das ruas e avenidas continuam na poeira e na lama).
Aliás, apostar em obras, hoje em dia, configura um erro enorme. A demanda da sociedade é por serviços de qualidade, eficientes, capazes de garantir um dia-a-dia melhor para todos na Educação, na Saúde, na Segurança (responsabilidade do Estado) e, no caso de Aparecida, na mobilidade urbana.
Do seu grupo político, o prefeito ouve um lenga-lenga: vai muito bem e será reeleito no 1º turno com as mãos amarradas nas costas. Não percebe a matreirice de aliados que muitas vezes preferem um governante debilitado, para facilitar a vida dos interessados em arrancar benesses e favores em proveito próprio.
Neste domingo, o Jornal Opção lista uma fiada imensa de pré-candidatos em Aparecida, além de Vilmarzim: o ex-prefeito Ademir Menezes, os deputados federais Prof. Alcides, Glaustin Fokus e Silvye Alves, o ex-deputado federal Chico Abreu, o presidente da Câmara André Fortaleza, o deputado estadual Cairo Salim, o ex-deputado federal Delegado Waldir e até mesmo o ex-governador Marconi Perillo (repetindo o movimento bem-sucedido de Maguito Vilela).
E isso sem falar nos menos cotados, de onde, embora difícil, porém não impossível, pode sair uma surpresa. Em Aparecida, fora Gustavo Mendanha, há uma carência de lideranças que abre espaço para uma renovação repentina. O eleitorado local passa por um momento livre, leve e solto. Descompromissado, enfim. Vilmarzim está exposto a esse risco.