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José Luiz Bittencourt sobre política, cultura e economia

22 mar

Crise: a nova investida de Ibaneis para sabotar Caiado no Entorno do DF

Uma reunião em Brasília, nesta terça, 21, entre o governador Ibaneis Rocha e 12 prefeitos do Entorno do Distrito Federal marcou uma nova tentativa de sabotagem política e administrativa contra o governador Ronaldo Caiado, pior ainda ao envolver o ex-ministro Alexandre Baldy e o deputado federal Ismael Alexandrino, presentes.

 

 

Caso comunicada previamente a Caiado e caso contasse com a presença da secretária estadual do Entorno Maria Caroline Fleury, nada haveria de estranho. Goiás e o DF, necessariamente, precisam atuar em sintonia em uma das regiões mais densas demograficamente do país, com uma miríade de problemas de difícil solução. Mas o caminho das iniciativas isoladas, principalmente quando um parceiro atropela o outro, está longe de ser o caminho ideal.

Ibaneis tem discordâncias com Caiado. Sempre tentou interferir no Entorno buscando isolar o colega goiano. O encontro com os prefeitos é claramente uma provocação. E, daí, é de se perguntar: o que faziam lá Baldy e Ismael Alexandrino? Por que outros deputados federais da bancada de Goiás não foram chamados? Ou foram e não compareceram? Célio Silveira, também ex-prefeito de Luziânia e profundo conhecedor dos desafios a aguardar respostas nos municípios cravados em volta de Brasília, não merecia um convite?

 

 

Há intrigas mil por trás dessa situação. Aos prefeitos do Entorno, Ibaneis informou que a partir de agora a sua coordenadora para o atendimento a cada um será a vice-governadora Celina Leão – aliás, nascida em Goiás. Atenção: Celina é inimiga da ex-ministra e ex-deputada federal Flávia Arruda, patrocinadora da nomeação de Maria Caroline Fleury para a Secretaria estadual do Entorno. Significa, portanto, não existir a mínima intenção de partir para um trabalho conjunto com Caiado. Isso, no extremo, pode até levar a secretária a desistir do encargo que assumiu pensando em se limitar a questões administrativas, enquanto a parte política ficaria com Flávia Arruda. Um arranjo que parece não estar dando certo.