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José Luiz Bittencourt sobre política, cultura e economia

11 abr

Daniel Vilela e Mendanha estão a um beiço de pulga da reconciliação

O vice-governador e presidente estadual do MDB Daniel Vilela e o ex-prefeito de Aparecida e candidato derrotado ao governo em 2018 Gustavo Mendanha já apararam via mediadores as arestas de caráter pessoal, digamos assim, e estão prestes a se encontrar para retomar o diálogo e a proximidade que sempre tiveram – desde quando Mendanha integrou a equipe de auxiliares de Maguito Vilela na prefeitura e Daniel foi lançado pelo pai candidato a deputado federal, no final das contas o mais votado da história no município.

Mendanha já conversou com interlocutores munidos de credencial para falar em nome de Daniel Vilela, caso do secretário de Comunicação Gean Carvalho e também do ex-deputado federal diretor do Detran Leandro Vilela. O cenário está montado para uma pacificação, inicialmente, é claro, em termos de restabelecimento das boas conexões fraternas que marcaram a convivência entre os dois.

Lembram-se, leitoras e leitores: eles se tratavam como “irmãos”. O ex-prefeito ia mais longe e até chamava Daniel de “irmãozinho”. Não à toa: foi o atual vice-governador quem costurou a primeira candidatura a prefeito de Mendanha, quando, na época, seu pai Maguito tinha preferência pelo lançamento do ex-deputado federal e seu fiel braço-direito Euler Morais. Mesmo sólida, a amizade não resistiu ao natural vaivém da política e terminou quando um foi para a campanha da reeleição do governador Ronaldo Caiado e o outro preferiu perfilar com a oposição, desfraldando a sua própria candidatura ao Palácio das Esmeraldas.

Tudo isso, agora, são águas passadas. Mendanha se reposicionou e tem manifestado o que chama de “espírito colaborativo” em relação a Caiado. Daniel, por sua vez, abriu as portas do MDB para o retorno do aparecidense. As tratativas em curso, contudo, não se espraiam por ora no campo político. É mais, nos seus primeiros passos, a resolução de uma cisão aberta entre amigos que se distanciaram e menos uma articulação para a formação de futuras alianças políticas. Pelo menos, por enquanto.