Um presidente jovem, mas amadurecido e responsável
Aos 34 anos, o vereador Romário Policarpo exibe um currículo ímpar para a sua pouca idade: ocupa, pela terceira vez consecutiva, a presidência da Câmara Municipal.
É uma façanha e tanto, ainda mais em um serpentário (tomando emprestado o termo do colunista político Wilson Silvestre) repleto de velhas e ardilosas cobras da política goianiense.
Agora, na polêmica dos dois pedidos de impeachment do prefeito Rogério Cruz, assunto muito acima de brincadeiras ou de irresponsabilidades, Romário Policarpo mostrou ter compromisso com a importância do cargo ocupado: arquivou um, por comprovada inconsistência, e encaminhou o outro para o Tribunal de Contas dos Municípios, diante da referência a aplicações constitucionais na Saúde e na Educação. A resposta vai embasar a sua decisão sobre o prosseguimento ou não.
A melhor aposta é a de um novo arquivamento. O presidente do Legislativo municipal poderia ter deixado os requerimentos em suspenso, para chantagear e pressionar o prefeito, com quem tem divergências. Mas não misturou as coisas. Agiu institucionalmente, como deve ser quanto a um chefe de Poder. Uma lição para muitos que o rodeiam e gostariam de ver o circo pegar fogo.