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José Luiz Bittencourt sobre política, cultura e economia

28 out

Desenho preliminar aponta para a melhor disputa pela prefeitura na história de Goiânia

A eleição municipal do ano que vem em Goiânia caminha para se constituir em uma das mais bem disputadas da história. Alguns candidatos estão delineados no horizonte das urnas goianienses: Vanderlan Cardoso, pelo PSD; Adriana Accorsi, pelo PT; e Jânio Darrot ou Bruno Peixoto pela base governista. As legendas são consistentes e, por si só, já garantem conteúdo para as suas chapas. Os nomes, melhor ainda. Vanderlan, Adriana, Jânio e Bruno têm experiência, são articulados, decentes e se encaixam em visões do mundo bem definidas do ponto de vista administrativo e mesmo político-ideológico. Até, curiosamente, haverua um simulacro de “luta de classes”, na medida em que dois são empresários, outra representante de um dito partido dos trabalhadores e outro independente.

Não se repetirá o desequilíbrio dos inúmeros pleitos que contaram com a presença de Iris Rezende com a sua avassaladora biografia e o seu carisma sugando a maioria dos votos em alguns momentos com relativa facilidade. Ou com um Maguito Vilela, igualmente gigante. Em 2024, não. O equilíbrio entre esses três cogitados e quase certos concorrentes é incontestável. Estão em uma altura comum. É possível prever que os debates entre eles se mostrarão animados e interessantes para a população, sem tédio. Todos falam bem, dominam as emoções e sabem externar com clareza o que pensam e no que acreditam. Será épico.

Óbvio, vão se lançar mais candidatos. O prefeito Rogério Cruz, por exemplo. Mas Rogério é cordato, também se expressa com elegância e perspicácia e vai se apresentar do alto da sua passagem de praticamente quatros pelo Paço Municipal. Terá o que dizer e isso enriquecerá a campanha. A incógnita está em Gustavo Gayer, polêmico e destrambelhado e, não se deve subestimar, com capacidade de sobra para tentar emporcalhar a corrida eleitoral, muito embora provavelmente isolado em um limbo de insanidade.

Com Gayer no páreo, uma certa dose de doutrinação radical deverá ser agregada ao confronto e à comparação entre os candidatos. Nesse particular, sem dúvida que poderá ser testada uma nova situação, em que o velho embate direita versus esquerda ganhará a chance de isolar a extrema direita, privilegiando o centro. Algo que tende a ocorrer em 2026, na competição pela Presidência da República. Válido, muito válido. Goiânia, enfim, receberá o merecido e adiado prêmio de uma eleição perfeita e com certeza pautada pela supremacia das boas ideias, muitas propostas e de fato marcada por um olhar para o futuro  e de saudável renovação da política e da gestão da capital.

 

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