Rejeição a Lula segue elevada em Goiás e beneficia candidatos bolsonaristas
A pesquisa mais recente que avaliou a aprovação do presidente Lula em Goiás, a do instituto Paraná, fechada no dia 10 de dezembro, mostrou um quadro desfavorável: o petista não é considerado um bom gestor por 55,5% das goianas e dos goianos, enquanto apenas 39,3% têm uma visão positiva sobre o seu governo. Para efeito de comparação, nesse mesmo levantamento, o governador Ronaldo Caiado foi aprovado por 81,4% dos entrevistados, uma diferença abissal em relação a Lula.
Não é novidade: Goiás nunca foi uma praça onde Lula se dá bem, só tendo vencido aqui uma das inúmeras eleições que disputou, a de 2002. Em todas as demais, foi um fiasco. Na última, em 2022, mal chegou aos 40% dos votos, com Jair Bolsonaro superando fácil os 60%. Detalhe da maior importância: em colégios cruciais como Goiânia e Anápolis, o Jair disparou e apareceu nos boletins do TRE com quase 70%, largando Lula lá atrás.
Que ninguém se iluda: essa matemática está destinada a ter influência no pleito municipal de 2024. Azar para Adriana Accorsi, em Goiânia, e Antônio Gomide, em Anápolis. Para os dois, será um desafio monumental superar esse tsunami anti-PT. E uma boa notícia para o deputado federal Prof. Alcides, embora concorrendo em um páreo desideologizado como o de Aparecida, mas beneficiado pelas suas ostensivas e sólidas ligações com o bolsonarismo.
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A pesquisa do instituto Paraná renova o veredito das urnas de 2022, reforçado pela lenda de que Lula tem mágoas em relação a Goiás e não faz a mínima questão dos votos que, de resto, ele nunca teve aqui. Na disputa presidencial do ano passado, não veio para vender o seu nome ou sequer dar apoio presencial para o candidato petista a governador Volmir Amado. Tudo isso significa que Adriana e Gomide – e os demais postulantes do PT nos municípios – farão campanha abandonados à própria sorte.