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José Luiz Bittencourt sobre política, cultura e economia

18 mar

Goiânia: a 6 meses das urnas, candidatos não falam em propostas

Com as eleições municipais cada vez mais próximas (faltam 6 meses), os por enquanto principais pré-candidatos a prefeito de Goiânia – e são muitos – pouco ou nada falam sobre ideias e propostas para resolver os desafios diários da 2ª maior cidade do Centro-Oeste (a 1ª é obviamente Brasília). A prioridade de todos eles são as futricas naturais e diárias da política de arranjos e alianças.

O que pretendem para melhorar a vida na capital postulantes como Adriana Accorsi (PT), Vanderlan Cardoso (PSD), Jânio Darrot (MDB ou União Brasil) ou Gustavo Gayer (PL)? Sabe-se quase nada. A maioria fala genericamente em recuperar a governança da prefeitura, buscando uma aproximação maior com as cidadãs e os cidadãos – embutindo-se aí uma crítica ao atual dono do trono encastelado no alto do Park Lozandes, o prefeito Rogério Cruz.

Cruz, pretendente a mais um mandato, enquadra-se no figurino clássico de quem busca a reeleição: sua plataforma é continuar o já feito. Essa será a mensagem subjacente à sua campanha, queira ou não. Porém, em resumo, alinha-se com os demais concorrentes na ausência de planos minimamente específicos. Nenhum, por exemplo, falou até agora sobre um dos mais importantes projetos para o futuro de Goiânia, qual seja a implantação do parque linear do rio Meia Ponte. Na verdade, um dos postulantes iniciais abordou a proposta – Bruno Peixoto, que acabou abandonando o ringue. A concepção agrada o espírito ambientalista dos tempos modernos, atrai a classe média e impressiona pelas suas megadimensões, medindo no mínimo 24 quilômetros de extensão, mas, com a integração dos demais municípios cortados pelo Meia Ponte, aproximando-se de 100 quilômetros. Vale a pena. E inédito em termos de Brasil.

 

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Partidos como o PT e o PL já anunciaram a formação de equipes de técnicos para elaborar as plataformas de Adriana Accorsi e Gustavo Gayer, porém nem sequer os nomes envolvidos foram detalhados até agora. Vanderlan e Jânio Darrot estão parados. E Rogério Cruz, como dito, ao trazer o seu plano definido pelo cargo que ocupa, não precisa dizer muito já que a sua gestão diz tudo.