Candidatura presidencial de Caiado vive “boom” de crescimento
De quando começou a ser cogitada até hoje, nunca a candidatura a presidente do governador Ronaldo Caiado esteve tão bem. Nos últimos dias, ou melhor, a partir da Marcha para Jesus, em São Paulo, a 30 de maio passado, Caiado deu um salto para dentro do núcleo da cada vez mais próxima sucessão de Lula com um vigor e uma visibilidade para além das medidas previstas. Na Marcha, foi exaltado por pastores e pelo deputado federal Marcos Pereira, presidente do Republicanos (o partido dos evangélicos), este autor de uma frase emblemática, na ocasião: “O futuro da nação, da governabilidade dessa nação, passará pelas mãos desses dois homens: Tarcísio de Freitas e Ronaldo Caiado”, disse, textualmente, Marcos Pereira.
Daí em diante veio um turbilhão de fatos positivos. Caiado é o primeiro goiano, em 300 anos de história do Estado, a se habilitar com credibilidade para concorrer em eleições gerais ao comando do país. Antes dele, muitos tentaram, dentre os quais os mais recentes foram Iris Rezende e Marconi Perillo, nenhum dos dois levados minimamente a sério. Caiado, ao contrário, passou a ser um nome espontaneamente listado em todas as matérias jornalísticas ou análises de políticos com vistas a quem vai ocupar o Palácio do Planalto a partir de 2027. Em primeiro lugar, por dispor de um perfil ideológico adequado aos ideais da direita democrática e em seguida pela biografia imaculada, de extração rara entre as lideranças com potencial para enfrentar um embate pela presidência da República, e finalmente pelo bom governo em Goiás. Esses fatores conferiram respeito nacional ao governador.
Caiado ainda foi brindado, de uma semana para cá, com a postura mais aberta do ex-presidente Jair Bolsonaro quanto a sua candidatura. Claro, a opção prioritária de Bolsonaro é ele mesmo, na esperança da longínqua hipótese de reversão da inelegibilidade decretada pela Justiça Eleitoral. Além disso, corria a visão de que o Jair não consideraria o Ronaldo confiável o bastante para receber o seu apoio, sempre com base na recordação dos atritos entre ambos na época da pandemia da Covid-19. Mas agora tudo isso foi superado. Fala-se de uma conversa em que foi acertado um ajuste entre eles, mediante o qual, caso Caiado venha a deslanchar, a indicação do seu vice ficaria por conta de Bolsonaro. Além disso, caberia a Caiado mostrar controle total do União Brasil, o que não existe hoje em termos plenos, é verdade, ou mudar-se para o PL, definição, aliás, preferida pelo ex-presidente.
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Pelo sim, pelo não, o governador segue cumprindo o seu papel. Viaja dia e noite pelos quatros cantos do Brasil para defender seus pontos-de-vista e investir no seu maior trunfo, ou seja, a apresentação da sua exitosa estratégia de segurança pública, área em que as pesquisas são unânimes em apontar como a principal preocupação das brasileiras e dos brasileiros. Caiado é dono da resposta exata, testada em Goiás com sucesso fenomenal, ao resultar na redução drástica de todos os índices de criminalidades. Todos, sem exceção. Não à toa, assunto para as pílulas do União Brasil divulgadas no horário nobre das grandes redes de televisão, em todos os Estados. Em um crescendo, bem-sucedido combate à bandidagem está penetrando todas as camadas da população, por toda parte: “Em Goiás, ou bandido muda de profissão, ou muda de Estado” (que tal uma adptação para “mudar do país”?).
Sentar-se no trono número um do país não depende apenas de qualidades ou de trabalho. É preciso uma boa intervenção do destino. Caiado sabe que somente uma conjunção de forças, algumas das quais intangíveis, poderá garantir o mandato mais consagrador da política brasileira. Sua obrigação é se posicionar em condições de aproveitar uma oportunidade que, de fato, está hoje atravessada no seu caminho como viabilidade ao alcance da mão. É uma chance e tanto. Por isso, um filho de Goiás despachando da sala mais distinta e honrosa da Praça dos Três Poderes deixou de ser um sonho vão e se transformou em realidade possível.